terça-feira, 17 de agosto de 2010

História

Mapa de atuação do Cangaço.

Consta que o primeiro homem a agir como cangaceiro teria sido o Cabeleira, como era chamado José Gomes. Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da mata pernambucana, ele aterrorizou sua região, incluindo Recife. Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com Antônio Silvino, Lampião e Corisco.

Entre meados do século XIX e início do século XX, o nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, atemorizado por grupos de homens que espalhavam o terror por onde andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos.

Um famoso cangaceiro foi Lampião. Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, porque eram protegidos de coronéis, que se utilizavam dos cangaceiros para cobrança de dívidas, entre outros serviços "sujos".

Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro por outros.

No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e seus vaqueiros.

A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender (de armas na mão) os interesses do patrão.

Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as poderosas famílias. E estas famílias se cercavam de jagunços com o intuito de se defender, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos fazendeiros.

Os coronéis não tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros.

De todos eles, o mais famoso foi Lampião (Virgulino Ferreira da Silva). Seu bando agiu entre os anos de 1920 e 1938. Após sua morte, nenhum outro bando ocupou o seu lugar e com o fim de República Velha encerrava-se também a era do cangaço.

Referências gerais

  • Livros
    • O Cabeleira, de Franklin Távora
    • Jurisdição dos Capitães – A História de Januário Garcia Leal e Seu Bando - Editora Del Rey, Belo Horizonte, 2001, Marcos Paulo de Souza Miranda.

Ver também

Seara Vermelha, de Jorge Amado

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